quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Estudantes protestam contra deputados que aprovaram cortes a LOA

O corte da Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada no final do ano pela maioria dos deputados estaduais do Amapá está provocando um racha no grupo político que governa o estado nos últimos sete anos e ficou conhecido como grupo da harmonia. O corte patrocinado pela Assembléia Legislativa está provocando uma disputa entre o governador Waldez Góes (PDT/AP) e o presidente da Assembleia Legislativa do Amapá, Jorge Amanajás (PSDB/AP), que nos últimos tempos fizeram parte do mesmo grupo político, conhecido como grupo da “harmonia”, que além de eleger Waldez Góes ao governo, elegeu seu primo, Roberto Góes para a prefeitura de Macapá. Caso o veto seja derrubado, Waldez Góes promete ir ao Supremo Tribunal Federal para tentar manter a Lei Orçamentária Anual(LOA), que ele mandou para a Assembléia e que lá foi refatiada, os deputados decidiram tirar polpudas somas que iriam para investimentos no Estado e redistribuí-los para a própria Assembléia, para o poder judiciário, para o Ministério Público Estadual e para o Tribunal de Contas Estadual.



 
Teve início nesta quinta-feira, 21, com a manifestação de estudantes e de agentes culturais em frente à Assembleia Legislativa do Amapá uma queda de braço pública, entre os manifestantes, que defendem Waldez e o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Jorge Amanajás, pré-cadidato ao governo do estado e patrono das mudanças orçamentárias.
Com o grito “Declare guerra a quem finge te amar”, recorrido à letra do cantor e compositor Cazuza, estudantes e representantes de diversos movimentos sociais pró-Waldez, seguem em frente ao prédio da Assembléia Legislativa, onde passaram a noite protestando contra os deputados que aprovaram o corte a Lei Orçamentária Anual (LOA).
Segundo os manifestantes, a proposta de alteração do orçamento representa uma clara afronta aos interesses dos estudantes e da sociedade amapaense. “E torna-se o maior golpe sofrido à educação do Amapá. Porque cortaram R$14 milhões da educação, R$6,5 milhões da UEAP e R$3,5 milhões da Cultura”, ressaltaram os estudantes num informativo distribuído e assinado por vários movimentos sociais, que classificaram a atitude da mesa diretora da AL como “ganância de poder”.
O representante da União Nacional dos Estudantes no Amapá (UNE/AP), Patryck Lima, criticou veemente a atitude do presidente da AL, em apoiar o corte ao orçamento da educação. “O grande defensor da educação, o pai do Desafio, está tirando dinheiro da educação para aumentar o orçamento da Assembleia Legislativa, para garantir sua eleição para governador este ano”, criticou Patryck.
Segundo os coordenadores da manifestação, o protesto não tem dia pra terminar. “Só vamos sair daqui quando a mesa diretora da AL, sentar conosco para negociar uma saída para esse embate político”, disse um dos manifestantes. A votação deverá ocorrer na próxima terça-feira, 26.
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